O nome da nossa querida cidade tem origem indígena, e foi dado pelo Tupinólogo Teodoro Sampaio, em substituição ao nome Carahybas.o significado é “pela água, à tona d’água, à mercê da corrente.
Os primeiros donos dessa terra chegou em 1624 quando a Bahia começou a ser invadida pelos holandeses.
Naquela época um homem se destacou, porque lutou bravamente contra os invasores. Chamava-se Antônio de Brito Corrêa, pai de Antônio Guedes de Brito que morava em Morro do Chapéu na Bahia, era um homem que carregava no sangue a valentia do seu pai.
Naquele tempo a região vivia do vale do Rio São Francisco vivia atormentada por bandidos, mamelucos e negros aquilombados.
Como Antônio Guedes de Brito travou uma ação contra esses invasores trazendo de volta a paz recebeu como recompensa do rei de Portugal uma sesmaria remuneratória de 160 léguas de terras que abrangia a área de terras de Irecê e de diversas outras cidades da região, transformando-o no maior latifundiário de toda a Bahia.
O Conde da Ponte, João de Saldanha da Gama Mello Torres Guedes de Brito e a Condessa da Ponte D. Maria Constança de Saldanha Oliveira e Souza, desmembraram, no dia 21 de fevereiro de 1807, a sesmaria remuneratória. Retiraram da grande sesmaria uma porção de terras que denominaram Barra de São Rafael e venderam para Filipe Alves Ferreira e Antônio Teixeira Alves, pela quantia de 1.200$000 (um conto e duzentos mil réis).
Em 21 de fevereiro de 1807. Esse território foi comercializado e, ergueu a atual cidade de Irecê, conhecida naquela época como Lagoa das Caraíbas ou Brejo das Caraíbas.
Como se tratava de um latifúndio gigantesco, Barra de São Rafael foi desmembrada. Do grande latifúndio retirou-se uma porção de terras denominada Lagoa Grande que foi vendida a Joaquim Alves Ferreira, Joaquim Gomes Pereira e Domiciano Barbosa Pereira, os quais venderam para João José da Silva Dourado em 29 de Agosto de 1840.
OS PRIMEIROS HABITANTES
Três décadas depois, ou seja, no ano de 1877, Antônio Alves de Andrade , Hermógenes José Santana, Sabino Badaró, Joaquim José de Sena, Deoclides José de Sena, José Alves de Andrade, Benigno Andrade, entre outros, chegaram em Lagoa das Caraíbas e encontraram abundantemente água, caça e terrenos férteis, requisitos básicos para a sobrevivência deles.
Estes moradores habitaram inicialmente embaixo duma quixabeira secular, que se encontra até os dias de hoje, na Av. Tertuliano Cambuí, no quintal de dona Nita. Depois construíram suas casinhas de enchimento, desmataram parte das terras e começaram a desenvolver a agricultura e a pecuária.
Anos depois chegaram aqui os herdeiros dos terrenos, entre eles Martiniano Marques Dourado e Clemente Marques Dourado, descendentes de portugueses.
Estes cidadãos e muitos outros promoveram o desenvolvimento de Irecê, produzindo milhares de arroubas de algodão, criando centenas de cabeças de gado e trazendo produtos de fora para serem vendidos entre os habitantes locais.
COLONIZAÇÃO
Os legítimos donos da fazenda Lagoa Grande fizeram uma expedição visando conhecer seu enorme latifúndio que já estava sendo habitado por pessoas estranhas.
A expedição foi organizada por Martiniano Marques Dourado, Clemente Marques Dourado, Teotônio Marques Dourado Filho, Benigno Marques Dourado, João Dourado, Herculano Galvão Dourado, Manoel de Castro Dourado, entre outros, que alcançaram um lugar denominado "Novo Mundo" que mais tarde se tornou distrito de Morro do Chapéu e atualmente é o município de América Dourada.
CARAÍBAS
O título de fundador de Caraíbas é atribuído a Aristides Rodrigues Moitinho, que juntamente com Teotônio Marques Dourado Filho e com o Cel. Terêncio Dourado, chefe de polícia da Bahia, conseguiram criar em 1906 um distrito de Paz de subdelegacia de Polícia de Morro do Chapéu, com a denominação de Caraíbas.
CRIAÇÃO DO MUNICÍPIO
O município de Irecê foi criado em 02/081926, pela lei 1896, assinada no Palácio do Governo por Francisco Marques de Góes Calmon, com a denominação de Vila de Irecê. No entanto, por não ter renda suficiente que o caracterizasse como município, foi anexado a Morro do Chapéu, em 8 de Julho de 1931, pelo decreto nº 7479, assinado no Palácio do Governo, por Arthur Neiva – Bernardino José de Souza.
INDEPENDÊNCIA POLÍTICA:
A independência política de Irecê aconteceu de fato a partir do ano de 1933, através do decreto 8452, de 31/05/1933, assinado no Palácio do Governo, por Juracy M.M. Magalhães., restaurando o então extinto município.De 1933 para cá, não houve mais nenhum retrocesso. Esta é a data que se comemora o aniversário de independência política do município.
Fontes:Irecê - História, Casos e Lendas, 2ª Ed.; Irecê - Um Pedaço Histórico da Bahia; Autor: Jackson Rubem
MAPA DA CIDADE DE IRECÊ
Dentro de Irecê, está a Escola Municipal Duque de Caxias que teve o privilégio de receber o Projeto Uca. A escola está localizada no Largo da Rodoviária s/n, tem como entidade mantenedora a Prefeitura Municipal de Irecê, administrada pela Secretaria Municipal de Educação, nos termos da Legislação em vigor e regidos pelo Regimento Escolar. O e-mail: duquedecaxias@holistica.com.br . A instituição escolar tem por finalidade, atender ao disposto nas Constituições Federal e Estadual, Lei Orgânica do Município e na Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, no que se refera ao atendimento do Ensino Fundamental I.
A Escola Municipal Duque de Caxias, tem sua história atrelada ao Tiro de Guerra (escola de formação de caráter militar), assim nascia em 1980 a Escola Tiro de Guerra, mais tarde, o estado cedeu o espaço para prefeitura passando assim, a funcionar a Escola Duque de Caxias, cujo nome foi dado em homenagem ao patrono do exército.
A referida Escola funciona em prédio cedido pelo Estado em convênio com a Prefeitura, sendo constituído por 08 (oito) salas de aula, 01 (um) laboratório de informática (infocentro), um pátio aberto, 03 (três) sanitários, 03 (três) salas para Departamento Administrativo, 01 (uma) biblioteca, 01 (uma) sala de professores. Em 2011, foram construídas mais 03 salas em que funciona 02 como espaço da sala de aula e 01 como local onde os UCAs ficam armazenados com preparação total com tomadas para carregamento da bateria.
Na instituição ainda existe uma parte de salas de aulas e setor administrativo de madeira e com uma estrutura física pouco adequada, com pouca ventilação.
Nesses espaços, os alunos ficam muito próximos, devido a serem salas com tamanho não muito apropriado, dificultando o trabalho em grupo mediado pelo professor e o acompanhamento individual de cada aluno (a).
Atualmente a escola atende 450 alunos nos turnos matutino e vespertino, sendo quartos e quintos anos pala manhã e primeiro, segundo e terceiro no período da tarde. São alunos que vem de uma classe média, sendo que muitos dos nossos alunos vivem com avós.
Nesse ano de 2012, um dos maiores problemas que a instituição vem enfrentando refere-se a questão da indisciplina na escola, que na maioria das vezes foram provocadas por alunos que vem há vários anos estudando e não conseguem se alfabetizar (outro problema enfrentado pala escola).
A escola tem buscado apoio da psicóloga escolar e parceria com os pais de alunos visando reduzir as questões de aprendizagem e, posteriormente as disciplinares.
O Programa Um Computador por aluno chegou a escola em 2011, e, estamos engatinhando nessa nova fase que a escola tem vivenciado. Estamos recebendo formação pela UFBA, sendo Raquel Zaidan a nossa mediadora para tirarmos dúvidas.
Os computadores têm deixado alguns momentos da aula interessantes, porém precisamos investir no que se refere à formação do professor, pois, percebo que nós ainda temos muitas limitações no que se refere ao uso dos leptops. Quando os leptops são usados tem um planejamento anterior e, muitas vezes, o aluno leva para o jogo. Mas, mesmo com esses impasses já observamos que o computador tem sido um aliado poderoso as aulas dos professores, o aperfeiçoamento faz parte do processo. Vamos iniciar a utilização do laptop no recreio onde os alunos ficarão mais livres para acessar no site de sua preferência, essa ação poderá ser aliada do uso em sala de aula.
Na escola, já estão acontecendo oficinas para os monitores. Esse espaço aberto pela instituição tem sido bem aproveitado e, o planejamento do mediador Gervásio vai ser importante para que possamos resolver alguns problemas disciplinares. Ele pretende fazer com que os monitores gravem situações dentro e fora da sala de aula para posteriormente produzir um vídeo com eles. Essa é uma excelente estratégia para ajudar a escola.
Nenhum comentário:
Postar um comentário